terça-feira, 22 de novembro de 2016

Entrevistada dada à Marisa Raja Gabaglia]
-Você tem paz, Clarice?
-Nem pai nem mãe.
-Eu disse “paz”.
-Que estranho, pensei que tivesse dito “pais”. Estava pensando em minha mãe alguns segundos antes. Pensei - mamãe - e então não ouvi mais nada. Paz? Quem é que tem?

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Explicar para quê?

Tantos nomes, tantas explicações para quê mesmo?

Quantas pessoas aparecem no consultório querendo saber qual o nome da sua doença, ou  mais precisamente qual é seu CID...

Eu penso e digo que saber, nomear ou explicar não cura...

A explicação não cura, me apoio em Freud que dizia :o que "cura"é reduzir a carga emocional ligada a lembrança traumática.

Lembro de uma professora do curso de Formação de Psicanálise falar: O dentista me contar, no auge da minha dor, que ela se dá por conta de uma cárie profunda e explicar o procedimento que ele fará, apesar de cuidadoso, o saber concretamente o por quê, ou o diagnóstico não vai aliviar a minha dor! Apenas se eu tratar sim! Isso ela falava pois no começo, estávamos encantados em poder conhecer os meios para se classificar uma estrutura mental, mas isso NÃO AJUDA em nada o paciente!Pelo contrário, classificá-lo só o limitaria.

sábado, 13 de agosto de 2016

A importância da posição depressiva, estudando Melanie Klein

A posição depressiva é posterior à posição Esquizoparanóide, ocorre por volta dos 4 meses e é progressivamente superada durante o primeiro ano de vida, ainda que possa ser encontrada durante a infância e reativada no adulto, particularmente nas situações de luto e estados depressivos.
Com o desenvolvimento do ego do bebê, ele vai progressivamente percebendo que o mesmo objeto que odeia (seio mau) é o mesmo objeto que ama (seio bom). Seu ego já tem maturidade suficiente para perceber que ambos registros fazem parte de uma mesma pessoa. Dessa forma, a clivagem (ou cisão) do objeto vai sendo abrandada, pois agora há a percepção de que  as pulsões libidinais e hostis estão sendo direcionadas ao objeto em sua totalidade, o que desencadeia um outro processo.
Com essa percepção, a angustia recai de forma diferente, pois o bebê percebe como perigo eminente a perda da mae, em consequência do sadismo experimentado por ele nesta fase. O bebê teme perder o seio bom, pois fantasia que seus ataques de ódio e voracidade o possam ferir ou aniquilar. Este medo da perda do objeto bom é chamado de ansiedade depressiva.
Esta angustia é combatida pela utilização de mecanismos de reparação co gra a angustia depressiva e suplantada, quando o objeto amado é introjetado de forma estável e tranqüilizante. É na posição depressiva que o bebê adquire a capacidade de amar e respeitar os objetos como distintos e separados dele.
Síntese:
Melanie Klein diz que o psiquismo possui um funcionamento  dinâmico entre as posições Esquizoparanóide e depressiva, que tem inicio no nascimento e termina com a morte. As neuroses, esquizofrênias e depressão sao analisadas a partir dessas duas posições. Dessa forma, na analise kleiniana, não adianta trabalhar o sintoma se nao trabalhar os processos que levaram ao seu surgimento, que envolve as ansiedades do tipo persecutória e depressiva.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Comparação? Não!!!

Posição Depressiva para Melanie Klein

A posição depressiva é posterior à posição Esquizoparanóide, ocorre por volta dos 4 meses e é progressivamente superada durante o primeiro ano de vida, ainda que possa ser encontrada durante a infância e reativada no adulto, particularmente nas situações de luto e estados depressivos.
Com o desenvolvimento do ego do bebê, ele vai progressivamente percebendo que o mesmo objeto que odeia (seio mau) é o mesmo objeto que ama (seio bom). Seu ego já tem maturidade suficiente para perceber que ambos registros fazem parte de uma mesma pessoa. Dessa forma, a clivagem (ou cisão) do objeto vai sendo abrandada, pois agora há a percepção de que  as pulsões libidinais e hostis estão sendo direcionadas ao objeto em sua totalidade, o que desencadeia um outro processo.
Com essa percepção, a angustia recai de forma diferente, pois o bebê percebe como perigo eminente a perda da mae, em consequência do sadismo experimentado por ele nesta fase. O bebê teme perder o seio bom, pois fantasia que seus ataques de ódio e voracidade o possam ferir ou aniquilar. Este medo da perda do objeto bom é chamado de ansiedade depressiva.
Esta angustia é combatida pela utilização de mecanismos de reparação co gra a angustia depressiva e suplantada, quando o objeto amado é introjetado de forma estável e tranqüilizante. É na posição depressiva que o bebê adquire a capacidade de amar e respeitar os objetos como distintos e separados dele.
Síntese:
Melanie Klein diz que o psiquismo possui um funcionamento  dinâmico entre as posições Esquizoparanóide e depressiva, que tem inicio no nascimento e termina com a morte. As neuroses, esquizofrênias e depressão sao analisadas a partir dessas duas posições. Dessa forma, na analise kleiniana, não adianta trabalhar o sintoma se nao trabalhar os processos que levaram ao seu surgimento, que envolve as ansiedades do tipo persecutória e depressiva.


sexta-feira, 8 de julho de 2016

Pessoas boazinhas?

A agressividade é inerente ao ser humano, ela está presente até no ato da mordida de um alimento.
Acontece que muitas pessoas  não sabem o que fazer com esse sentimento e escondem de si mesmas. E são diversos os  motivos: Pode ter sido fruto de uma educação muito castradora, ou a pessoa teve modelo de pouca agressividade dentro de  casa e não sabe como agir, ou ao contrário pode ter vivivo muita agressividade onde os pais brigando muito ela se  assustando e não querendo repetir o modelo, podendo ficar meigas demais. Tudo isso combinado com o seu aparelho psíquico, e aí que temos que entrar! Aí é um caleidoscópio infinto... Muitas vezes também  pais nada severos e agressivos tem filhos muito mais severos e rigorosos que esses, isso é o que a grande Melanie Klein, psicanalista inglesa acreditava. Enfim, é preciso aprofundamento para entender o mecanismo que está por trás desses comportamentos, e o que quero chamar atenção aqui é na docilidade excessiva!
Sabe aquelas pessoas que conhecemos e achamos simpáticas, muito queridas? Num primeiro momento nos encantamos, mas depois nos perguntamos será que ela é assim mesmo? Pois ninguém é cem por cento doce. Provavelmente ela não está sabendo lidar com sua própria agressividade. A psicoterapia entra aqui: ajuda a identificar e canalizá-la de forma mais saudável, mais construtiva. Lembrei daquele livro: "Mulheres boazinhas não enriquecem"que trata justamente disso, da importância da nossa assertividade, da importância de se conhecer e poder falar não, ou seja conta que a agressividade canalizada nos ajuda até com a nossa prosperidade! Vemos isso no consultório!
Libere a fera que existe em você, cresça profissionalmente e apareça! Se precisar, peça ajuda.




Repassem para as amigas mto boazinhas : )

Um pouco da minha história Psi...

Minha foto
Profissional com mais de 14 anos de experiência clínica. Especialista em Saúde Mental pela UNIFESP. Cursa o 3 ano no curso: Formação em Psicanálise no Instituto Sedes Sapientiae. Convencida de que para exercer a psicanálise o tripé: Análise pessoal, supervisão e conhecimento teórico, tem que acontecer!