sexta-feira, 30 de maio de 2008

Acompanhar


Gosto da idéia dessa foto.
Acompanhar alguém para que seja possível uma travessia mais iluminada!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Elogios???

Sinto que muitos pais têm a preocupação em estimular os filhos a nutrir um sentimento positivo diante as frustrações. Essa intenção já é algo importante, mas não basta por si só.
Costumam elogiar os filhos em demasia acreditando estar motivando com as frustrações. Porém o elogio em excesso perde a validade, o filho já não confia na autenticidade.
Por outro lado também os pais que têm dificuldade em reconhecer as pequenas conquistas de uma criança precisam prestar atenção nesse mecanismo, que é algo ainda muito mais prejudicial a saúde psíquica de seu filho.
Eu penso que o importante é privilegiar o processo das descobertas, das tentativas, e não somente elogiar quando algo já está pronto, mas principalmente se este pronto veio sem muito esforço. A questão trabalhada aqui é não se privilegiar algo que criança já tem facilidade, por exemplo como um dom. Pois assim não há incentivo para ampliar suas descobertas.
Acredito também que na base de uma criança com uma auto-estima saudável há sempre uma grande confiança no ambiente que o acolhe, Winnicott chamava de ambiente facilitador, que no começo da vida é representado pela mãe. O ambiente facilitador basicamente é aquele que não atrapalha o desenvolvimento natural da criança, onde é preciso reconhecer o ritmo e as necessidades individuais de cada criança, como alguém diferente de sua mãe.

Texto retirado da palestra Como trabalhar a Auto-Estima do seu filho.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Por quê a terapia???


 Indicação  de Psicoterapia

O processo psicoterápico geralmente acontece em momentos de dor, quando se percebe que pedir ajuda é humano e importante para se tentar uma vida mais plena e menos refém.  

O Processo visa:
· Ampliar o autoconhecimento de sua personalidade,
· Conhecimento da sua própria história, tornando-se mais lúcido e consciente da sua história e motivações.
· Aprender a se respeitar e a lidar com seus recursos, reconhecendo quais os são e por que estão ali.
· Desvelar o sentido daquela paralisação, ou dor.
· Reorganizar o quantum de energia da pessoa, que pode estar desequilibrado e depositado em uma, duas áreas da vida da pessoa e entender o porquê desta organização.

Como:
Acontece num ambiente propício com um profissional treinado a ter uma escuta diferenciada.
É preciso estar atento a empatia que sentimos ou não com o psicólogo. O mais importante é a construção de um vínculo onde a confiança possa se estabelecer!

Mas acima de tudo: É preciso querer! O querer é a mola propulsora desse trabalho, pois o mergulho em si mesmo muitas vezes é dolorido, mas com o acolhimento e respeito adequado pode ser libertador, encorajador e muito rico.
É a oportunidade de se re-significar e reorganizar a sua história, no seu espaço. E por isso é único e valioso na vida de uma pessoa.

Palavra de quem está dos dois lados da história.

JULIANA CORAZZA SCALABRIN
Psicóloga CRP 06/66569

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Inauguro esse espaço de comunicação com meus amigos, pessoas interessadas em Psicánalise...Pretendo fazer uma grande troca de informações com quem tiver interesse pelo assunto.

Conscientizando para a realidade

Conscientizando para a realidade

"A permissividade não produz personalidades mais ricas, e sim, seres abúlicos*" (Anna Freud).
Uma das principais funções materna e/ou paterna é introduzir, aos poucos, a realidade para a criança. E a realidade é permeada de regras e frustrações nos pedindo muitas vezes para brecarmos nossos desejos. A criança precisa saber que possui um espaço delimitado no mundo, que esse não é permissivo como pode pensar.
Na medida em que nos permitimos introduzir esta realidade, potencializamos a criança a um melhor convívio com o outro. Pois ela começa perceber que precisa do outro, que vive em relações: dependendo do carinho do colega ou mesmo da cooperação deste para participar de um esporte coletivo, da atenção da professora, do amor dos pais.
A decisão de quando, quanto e como proibir se faz a tarefa mais complexa dos pais e dos educadores. É preciso limitar, mas não a ponto das repressões gerarem traumas.
Como dosar então a inserção da realidade no mundo da criança com algumas frustrações e ao mesmo tempo não frustrar excessivamente?
Devemos ter claro que é um ato de carinho e respeito pela própria criança dimensionar esse espaço: o que pode e o que não pode. Satisfaz sua curiosidade, e previne uma excessiva repressão. Para isso, é preciso pensar na possibilidade de se esclarecer e partilhar o porquê daquela regra, daquele limite, ao invés de impor a autoridade simplesmente dizendo não.
É estarmos cientes do significado de educar (tanto os pais quanto os educadores) que é o de adaptar a criança para o meio social adulto. Assim a nossa culpa diminui quando interditamos um desejo que não cabe: prejudicando o outro e/ou quando este desejo não reconhece sua condição real. Por exemplo: quando a criança começa a chorar para não ir à escola, pois quer ficar com sua mãe e esta precisa trabalhar.
Temos maior tranqüilidade em educar e impor limites quando clareamos o motivo da interdição para nós e para eles. Transformamos então a culpa em estratégia pedagógica.
Se estivermos conscientes de estarmos os capacitando a enfrentar futuras frustrações. Prevenindo situações inesperadas, sabendo que evita-las é utopia. Que ao lidarem com proibições no futuro, estarão equipados com ferramentas e poderão lidar com a proibição de forma menos traumática: o processo de educar se faz menos conflituoso e frustrante para as crianças, os pais e os educadores.
* abulia: Perturbação mental caracterizada pela ausência ou diminuição da vontade.
Juliana Corazza Scalabrin

Um pouco da minha história Psi...

Minha foto
Profissional com mais de 14 anos de experiência clínica. Especialista em Saúde Mental pela UNIFESP. Cursa o 3 ano no curso: Formação em Psicanálise no Instituto Sedes Sapientiae. Convencida de que para exercer a psicanálise o tripé: Análise pessoal, supervisão e conhecimento teórico, tem que acontecer!